Confira a entrevista com Elizandra Cristina

(Entrevista – dia 23/09/2021) – Instagram

Perguntas:Elizandra Cristina, em sua apresentação no livro: “Quando o mundo acabou em 2020 – Cartas e Depoimentos na Quarentena”, você diz que é mineira da cidade de Prados, pedagoga, que ama ler e escrever. Pergunto: Você já teve alguma experiência na escrita, além dessa coletânea ou é a sua primeira publicação?

Realmente, amo ler e escrever!

Os livros são minha paixão e a escrita sempre foi e ainda é a forma pela qual eu me expresso melhor.

Um dos meus grandes sonhos era ter uma publicação minha, era ver minhas mensagens registradas em um livro. E depois de muito sonhar, depois de realizar inúmeros orçamentos sempre vinha a frustração com os custos. É um investimento dispendioso, é um sonho muito caro!

Mas Deus, coloca anjos em nossa vida disfarçados. Em minha vida, então, há vários anjos: tenho anjos disfarçados de vó, vô, mãe, pai, tia, tio, irmão, irmã, amigos, padrinho, professores, crianças… e um dia no corredor da escola, um anjo disfarçado de professora me apontou um caminho e me passou o contato de outros anjos, que tornaram possível a publicação das minhas “GOTAS DE ALEGRIA, AMOR E PAZ”, que é o título da primeira publicação!

Você diz ainda que acredita em uma educação humanizadora. Na escrita você também tem essa preocupação? Qual o sentido das coisas que você escreve?

Não só acredito em uma educação humanizadora como acredito no seu poder emancipador. Na escrita também tenho, sim, essa preocupação. Procuro a partir da minha escrita sempre compartilhar palavras de esperança, de incentivo, gotas mesmo de alegria, amor e paz.

Gosto muito da história do Profeta Gentileza e acredito e na frase dele GENTILEZA GERA GENTILEZA. Inspiro-me nela e tento colocá-la em prática em meu dia-a-dia e minhas mensagens.

  • Quais foram as suas impressões ao participar do Projeto Cartas e Depoimentos? Como você ficou sabendo do projeto?

Foram as melhores impressões! Não imaginava que os frutos do Projeto Cartas e Depoimentos fossem se multiplicar tanto e ter essa amplitude.

Eu fiquei sabendo do projeto através de uma postagem no facebook e me encantei! O projeto já estava em andamento e as inscrições tinham sido prorrogadas. Li todas as instruções, ingressei no grupo e fiquei imaginando a publicação. Confesso que cheguei a duvidar algumas vezes da veracidade do projeto. Eu pensava: Será que o livro será publicado mesmo? Que projeto maravilhoso, será fake news?

Então escrevi a primeira carta, escrevi mais uma e fui correspondida, que maravilha! Escrevi mais uma e mais e mais…

Sempre gostei de escrever cartas, para mim elas são importantes pontes que aproximam corações e unem vidas!

Foi um grande alento participar deste projeto neste período em que a pandemia tem nos distanciado de tantas pessoas.

Eu disse que Deus coloca anjos disfarçados em nossas vidas, e com certeza, o Leandro Flores é um deles; só uma pessoa iluminada, sensível e empática é capaz de idealizar e colocar em prática um projeto tão significativo.

A pandemia vai deixar marcas na vida de todas as pessoas no mundo inteiro, ninguém passará ileso por ela. Cada carta presente no exemplar “Quando o mundo acabou em 2020” e as demais que não foram publicadas, representa um pouco da experiência de vida de cada autor. São narrativas de vida, de vida real! É impossível ficarmos indiferentes ao sofrimento, às angústias, às dores do outro. Este livro é um convite à reflexão!

  • Você acha que é possível resgatar a magia das cartas?

Acredito que é possível sim, da mesma forma que é necessário.

O processo de escrita é terapêutico (tanto para quem escreve, quanto para quem recebe a carta). É mágico mesmo!

As cartas são pontes afetivas que nos unem.

  • Como você vê a questão da leitura de um modo geral? Você acha que esse projeto contribui para incentivar as pessoas a lerem ou a escreverem?

Eu vejo a leitura como questão primordial, que deve ser incentivada sempre. O projeto Cartas e Depoimentos contribui e muito! As narrativas nos ajudam a pensar, refletir e uma vez registradas neste tesouro-livro ou livro-tesouro elas ajudam outras pessoas e as inspiram a escreverem também. É, sem dúvida, um projeto muito bonito e deveras significativo, uma vez que conecta conhecimento e vida, evocando histórias de um tempo que ficará para a História!

  • O Projeto Cartas e Depoimentos é um projeto ligado ao Movimento Cultivista Café com Poemas e pode ser implantado (por qualquer pessoa) nas escolas ou em comunidades acadêmicas, sociais e culturais. Você acha que esse projeto pode ser um atrativo de incentivo a leitura e a escrita entre os jovens? 

Pode sim! É possível colocarmos esse projeto em prática na escola com jovens e com as crianças também.

Esse movimento das cartas é primordial para trocas de experiências. Neste período em que as escolas estão em trabalho remoto é um momento bem propício para a realização de projetos similares a este, tendo a coletânea como exemplo e partindo da leitura do mesmo para iniciar o trabalho.

  • Em relação à coletânea, em uma das suas cartas à Perséfone (uma das personagens do livro), você diz que se decepcionou com o ser humano pela falta de empatia diante do cenário da pandemia que estamos vivendo. Você ainda tem essa percepção?

Eu sou uma pessoa muito otimista e acredito no ser humano e em sua capacidade de fazer o bem.

Mas no início da pandemia, os meios de comunicação, principalmente os noticiários da televisão começaram a naturalizar as mortes, esquecendo-se de que as vidas perdidas eram seres humanos e não números a serem incluídos nas estatísticas. Isto para mim, é um exemplo de falta de empatia.

Infelizmente, não apenas neste momento pandêmico, vemos muitos casos de preconceito, de abusos, explorações, assassinatos, violência…

E nada justifica estas ações de falta de respeito e falta de empatia.

Não somos obrigados a gostar de todas as pessoas do mundo, mas devemos respeitar a todos! Quando conseguimos nos colocar no lugar do outro, evitamos todo tipo de mal-entendidos!

  • Por outro lado, você faz questão de dizer que é uma pessoa muito feliz. Onde você encontra tanta inspiração para viver ou para escrever?

Encontro inspiração na própria VIDA (nas minhas famílias, nos amigos, no meu trabalho…)! Muitas de nossas ações são norteadas por nossas escolhas e eu escolhi ser uma pessoa feliz. Claro que ninguém é 100% feliz as 24 horas do dia, a semana toda, o mês inteiro, todos os dias do ano. Somos seres humanos; somos imperfeição, não em busca da perfeição, mas em busca de melhorarmos um pouquinho a cada instante. Somos vulneráveis e não somos lineares!

Gosto muito da metáfora do eletrocardiograma: a vida segue a dinâmica deste exame, cujo resultado mostra uma série de altos e baixos. Se no exame aparecer somente uma linha reta, quer dizer que não há vida mais. Assim é a nossa vida: ora temos momentos de felicidades, vitórias e conquistas; ora temos momentos de tristezas e decepções.

  • Por que sempre finaliza dizendo: “Carpe Diem”?

Carpe Diem é minha frase preferida! É uma expressão em latim que significa Aproveite o Dia.

Rubem Alves, meu autor preferido, tem uma obra intitulada “Tempus Fugit”, cuja tradução é “O tempo foge”. Neste livro ele também utiliza a expressão Carpe Diem. Escutei esta frase também no filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, no qual um professor de uma escola tradicional estimulava seus alunos a serem eles mesmos e lutarem por seus ideais e através da frase Carpe Diem encoraja-os a viverem intensamente cada momento. Ambos defendiam uma educação que levasse o estudante a pensar!

Carpe diem significa viver cada momento com intensidade, responsabilidade e alegria! Viver o hoje com todas as emoções (positivas e negativas) que ele nos traz!

  •  Deixe uma mensagem ou uma recomendação?

Minha recomendação é: Leiam a coletânea “Quando o mundo acabou em 2020 – Cartas e Depoimentos na quarentena”. São narrativas de vida extremante propícias para nosso momento presente!

Eu gostaria de deixar uma mensagem de esperança para todos. Mas esperança do verbo esperançar e não do verbo esperar. Quando esperamos a tendência é ficarmos paralisados.

Esperançar indica ação, significa que através de nossos atos podemos fazer acontecer; é acreditar que somos capazes de contribuir para a construção de um mundo mais justo, mais digno, mais feliz.

Que breve possamos tirar nossas máscaras de modo que a alegria volte a reinar em nossa vida.  Por enquanto, por prevenção, continuemos a sorrir com os olhos e abraçar com as palavras. Fiquem bem!

Sintam-se abraçados com alegria, sintam-se abraçados com as belíssimas cartas e depoimentos do livro “Quando o mundo acabou em 2020”.

Sejamos felizes, pois esta é nossa missão! Carpe diem!

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