Este livro, O POETIZAR DE UM NOVO AMANHECER, pelo qual tenho o privilégio e a alegria de prefaciar, com a distinção que me confere de poder deleitar-se desse singular momento de produção, de socialização dos versos poéticos é a realização de um sonho, de uma intencionalidade afetiva, – o que é de fato a essência de todo escritor, bem como de toda obra escrita do professor Antônio Santana, o eterno apaixonado.
Poetizar é entregar-se ao fascínio do poder criador da mente daquele que vive, da expressão de sentimentos e singularidade marcados pela visão, da imaginação e criação de ver a realidade cotidiana e usar da liberdade de fazer emergir nos seus pequenos traços poéticos, a conspiração dos fatos, sonhos, ilusões, alegrias, tristezas, elementos da natureza, decepções, humanidade frente à realidade contemporânea e os caminhos.
Poetizar é revelar-se às pessoas, à sociedade, é deixar uma vereda de pegadas sobre o que se ama; sobre o que você pensa e acredita, sobre a vida, a história, o mundo, a arte, o amor, o sofrimento, a solidão, a cultura, entre tantas outras dimensões.
Aqui destaco, sobre a satisfação, que brilha nos olhos do poeta, seja pela presença marcante na poesia, iluminada pela dádiva de escrever, e por sua impressionante originalidade e identidade nas expressões; seja pela arte de expressar a emoção, a sensação de poder escutar o mundo que o cerca e fazer da escuta e observação do entorno, o POETIZAR DE UM NOVO AMANHECER.
Este livro é um convite a reafirmar a fé na vida, na condição humana, na marcha libertadora da sociedade e na cultura brasileira, principalmente. Há produções que possibilitam novas maneiras de enxergar a vida e o mundo; outras farão você rir, chorar – às vezes, as duas coisas ao mesmo tempo e outras que revelam segredos sobre você mesmo.
Sob este aspecto incentivador com o presente livro, o poeta coloca em nossas mãos uma contribuição riquíssima para o cenário poético. A cada amanhecer para falar do amor e da durabilidade desse amor; admiração pela mulher de todas as raças e de todas as cores, simplesmente mulher; da vida como ela é; da natureza; como um rio; da distância que nos separa; saudade que aperta, dói, machuca, mas que ajuda crescer; da amizade verdadeira ; do dia e da noite e cantar a beleza da vida, mesmo com o coração carente; dia do abraço sem poder abraçar marcados pelo, em tempo; mãe; pai em o olhar de quem ama; outubro rosa ; pare um pouco e escute: quem é você? Que prisão é essa? Por que eu te amo tanto? Tudo importa: vidas negras importam; por um mundo de racismo. Este é o homem apaixonado, enfim.
Estou certa de que os versos contidos nesta produção irão constituir-se num apoio para todo leitor e apreciador da boa poesia, que estejam empenhados em viajar com os olhos vibrantes de sonhos e esperanças.
Não se trata, tampouco, de simples escritos, mas da própria experiência de colocar no papel as suas sensações, sentimentos, expressões, partilhando assim, conosco, o seu FAZER poético.
Regina Célia N. V. Carvalho
Professora
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